quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Nós somos uma nação colonizada por degradados sociais, este fato nos dá uma terrível herança, registrada por Grande Otelo em "Macunaíma, o Herói sem caráter" ,
Vejamos o exemplo seguinte. Temos o vizinho Chile, que em condições adversas, espremidos entre a Cordilheira do Andes de um lado e o Oceano Pacífico do outro, ostentam índices de nações desenvolvidas, e a nossa grandiosa, nação de dimensões continentais, dos poços de petróleo e tudo mais, amargamos a posição de número 143 no ranking mundial que mede as diferenças de remuneração entre homens e mulheres. Apesar de 20 empresas do Brasil assinarem o tratado da diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, sendo no mundo um total de 60.
Acredito que no brasil falta matéria prima de qualidade em quantidade suficiente para decidir melhor, termos melhores candidatos.
É uma lástima, falta candidato para todas as esferas do poder, vai Síndico do Prédio a Presidente do País.
Mas não adianta reclamar, temos de agir em nossos campos de atuação ao nosso alcance.
Bom, creio que tudo isto se deve a uma janela de oportunidade de mercado. A onda retrô sempre teve seu lugar e sempre foi uma tendência.
Me lembro das festas "Anos 60" na década de 80 e 90, e agora as festas temáticas dos anos 80 e 90, entendem?
O fato de termos lançamentos em Vinil, constitui um ensaio da indústria em "vender" o mesmo por mais, afinal é tentar tornar tangível a produção artística e, de quebra, diminuir a pirataria, quem ai vai querer "copiar" um vinil?
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
A Voz da Coragem
Temos que tomar atitude. Não adianta afirmar que a Cidinha Campos não é santa, isto não tira os méritos de sua fala, e afinal, "quem não tiver pecados que atire a primeira pedra."
Coragem de assumir posições em favor da coletividade é coisa para poucos, sempre estamos defendendo os nossos interesses.
Ela mostra em sua fala o que está entalado na garganta de muita gente no Brasil, que padece de VERGONHA NA CARA.
Quem não viu o discurso indico fortemente que o veja. Um abraço a todos, um forte abraço na Deputada Cidinha Campos.
De brasília
Gilson Joel Fernandes
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Atendimento
Atender é um ato de grande complexidade, todos que trabalham com pessoas sabem, o que muitos de nós não se dá conta é que em tarefas simples, corriqueiras, nós avaliamos e somos avaliados pelo nosso, e de nossos pares, atendimento. O que fazer por um atendimento melhor?
Vamos fazer uma pequena viagem, imagine-se em sua casa, na companhia da pessoa que você mais gosta. Daí ela o chama pelo seu nome, tudo o que virá a seguir é atendimento.
O tempo gasto e o tom de voz, os termos que você utilizar para responder:
Já vou!!!;
“Perai”;
Um minutinho;
Só um instante;
Pois não!?;
Às suas ordens e etc,
Tudo o que fazemos integram uma grande e complexa rede, da qual raramente nos damos conta e compõem seu atendimento.
Vamos ver isto mais de perto com este exemplo:
João é motorista de ônibus, no trânsito ele ganha uma generosa e sonora
Em sala, durante sua aula, o engraçadinho da sala faz uma
Este aluno ao retornar ao seu lar encontra seus familiares, ao ser perguntado: Como foi na escola? Este não mediu as palavras e soltou os cachorros em todos.
Bem, sua mãe, como é natural desta que é Especialista em Comportamento Humano, pós-graduada em Relações Familiares, com muita sabedoria e habilidade, acolhe a filho oferecendo o atendimento de excelência, pondo fim a uma “Espiral de Violência”, ou seja: Mal Atendimento.
Assim como exigimos atendimentos de excelência, temos então que a recíproca é verdadeira, nós é exigido atendimento de excelência também, o que convenhamos, não é favor algum.
Atender bem é algo que aprendemos dentro de casa, desde a mais tenra idade, com a nossa mãe, respeitar os mais velhos, dar o lugar aos idosos e mulheres, oferecer ajuda, cumprimentar as visitas, ser cortes, gentil, generoso nos elogios e contido nas críticas.
A maioria de nós, temos uma lem
A primeira é uma atendente da pastelaria no centro da cidade. Uma moça simples de semblante humilde, sincero de determinado, uma pessoa que sabe com muita clareza aonde quer chegar. Pois bem, ela me ofereceu um pastel e um “caldo de cana”, uma combinação comum nestes estabelecimentos, mas me causou enorme surpresa, pois o fez com tamanha competência, propriedade, desenvoltura e genuinidade que tomei nota de seu nome e telefone, pois a queria trabalhando em minha equipe.
A outra lem
Anteriormente era conduzida por um rapaz, o qual tinha uma abordagem altamente profissional e discreta, pontual e comunicativo, pois a cada dia ele aparecia com uma forma nova de “chamar a turma”, mas como é de praxe, este tipo de profissional faz rodízio nos departamentos da empresa. Não seria diferente com ele, e veio “Ela” o nosso novo instrutor não era instrutor, era “a instrutora”.
Quando ela chegou foi uma revolução, pois agora era uma moça, jovem e atraente, simpática, foi apresentada à equipe, e por dois dias acompanhou o instrutor.
Foi muito comemorado, principalmente pelo time masculino, a turma pensando que estava no lucro, e até ai tudo bem, porém a festa durou pouco.
A primeira “aula solo”, a “princesa virou um sapo”, para isto bastou “chamar a turma”, foi um “balde água fria”, tudo por causa do tom de voz utilizado, desprovida de emoção, vida, calor, alegria e empatia. Sua voz soava mais como uma URA, máquinas de resposta audível em Call Center, repetindo uma mensagem gravada. “Para compras Digite um”…
Em ambos os casos, fiz questão dar o retorno, um em forma de elogio, o outro
Em resumo, o atendimento esta no detalhe, na sutileza do relacionamento, e é mais um dever e um direito, temos o dever de atender bem, ao mesmo tempo também, temos o direito a um bom atendimento.
Praticar o que se aprende em casa, na escola, clube, igreja, escoteiro…, é o caminho, educação.
Podemos concluir que o atendimento depende de cada uma das partes, nuca é sozinho, primeiro para que haja um mal atendimento uma das partes o consentiu em algum momento da relação.
Boa semana a você.
terça-feira, 13 de abril de 2010
O Que Eu Posso Fazer?
O suíço Denis de Rougemont, escritor ecologista, que teve seu livor L'Amour et l'Occident, listado como um dos 100 melhores livro não ficção do século XX pela revista National Reveiw, provocou um grande impacto sobre o federalismo e sobre a construção Européia:
Segundo Rougemont a decadência de uma sociedade começa quando o homem pergunta a si próprio: “O que irá acontecer?”, quando devia se perguntar: “O que posso eu fazer?”
Há várias possibilidades de perspectiva de vida. a seguir baseado em Mário Sergio Cortella, filósofo brasileiro, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP, o qual nos brinda com delicada e contundente analise da questão com maior profundidade, conforme segue.
A decadência, seja numa sociedade mais ampla ou outras instâncias, como a família, trabalho, etc. principia quando o imperativo ético da ação é substituído pela acomodação e pela espera desalentada.
Estamos acostumados a banalizar situações que são estapafúrdias, como o "rouba mas Faz", imagine se um empresário, em sã consciência, permitiria que um empregado seu, o roubasse e mesmo assim ele continuasse a dar-lhe o emprego.
De igual modo, vamos nos habituando ao descaso, a violência, corrupção, abandono, desesperança...
É a instalação da inanição generalizada, disfarçada de pesar nas faces e palavras, transparecendo impotência, não passando de alienação da realidade que nos cerca.
Situação confortável e estável, porém altamente perigosa.
Ainda bem que há esperança.
Segundo Paulo Freire "não confundamos a esperança do verbo esperançar, com a esperança do verbo esperar.
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, é não desistir,a esperança do verbo esperançar é dinâmica, enquanto a outra, é estática, congelada, por vezes covarde.
A esperança convida a nos perguntar sobre a moradia em lixão, ponto cidade sem parada de ônibus, insegurança pública, falta de saúde, Corrupção, impunidade...
O que posso eu fazer?
Haverá sempre espaço para o agir, contribuir, fazer, ainda que seja somente pelo exemplo reto e firme em questões do cotidiano, a fila, dar o lugar para mulheres e idosos, não cuspir no chão ...
Podemos nos perguntar: O que estou fazendo por uma sociedade melhor? Qual está sendo a minha contribuição?
O que vou fazer a mais para ajudar?
Não demais fazer um pouco, sendo que isto já causa transformações, modifica atitudes, revoluções silenciosas...
Apenas não ceder à acomodação, à indiferença que paraliza, à alienação.
Não pergunte o que o mundo pode fazer por você antes de saber claramente o que pode você pode fazer primeiro. A vida é um espelho, recebemos aquilo que primeiro damos.
Gilson Joel Fernandes